O fim de uma paixão e o ciúmes doentio
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O fim de uma paixão e o ciúmes doentio

Muitos relacionamentos que começam turbulentos podem ter um final sem o felizes para sempre mas os meses iniciais. O que era paixão pode se tornar ciúmes doentio.

Torna-se óbvio que o fato de não ser correspondido torna o jogo amoroso um desafio mais excitante, no qual o “prêmio” a ser alcançado é o afeto de determinada pessoa, seja a que custo for. Mas porque isso ocorre? Porque a dificuldade se torna tão reforçadora?

Um caso interessante que exemplifica bem esse tipo de situação é a história contada no filme “Um lugar chamado Notting Hill”. Nesse filme, a personagem Anna Scott, uma famosa atriz americana, sente-se atraída pelo dono de livraria inglês William Thacker. Entretanto, confusões, disparidades de interesses e de estilos de vida e especialmente incompatibilidades de status social irão permear o conturbado romance. Ao que parece, é justamente a aparente impossibilidade de se relacionar com um “simples mortal” que atrai Anna para junto de William, a despeito de todas as dificuldades que tem para manter seu romance distante dos olhos implacáveis da mídia. Entre idas e vindas, o que parece atrair ainda mais o casal é justamente a dificuldade que têm para estarem juntos. A paixão é fortalecida pelos obstáculos, exatamente como explicado anteriormente. Ao final, os personagens acabam ficando juntos – obviamente, já que se trata de uma comédia romântica -, mas sabemos que a vida real não é assim tão generosa. 

Muitos relacionamentos que começam turbulentos podem ter um final sem ‘o felizes para sempre’ mas os meses iniciais, as dificuldades passadas e superadas faz com que o parceiro envolvido que não aceite o término sofra com o fim dessa paixão.

Em geral, o que se vê cotidianamente é que, muitas vezes, a insistência em se conquistar alguém tem prazo de validade, determinado (paradoxalmente!) pelo momento em que o outro decide “dar uma chance” às investidas. Depois que se vislumbra a possibilidade de realmente estar ao lado do objeto de desejo (e, portanto, o prêmio no “jogo do amor” está assegurado), o desafio acabou – e, junto com ele, a motivação... 

Pensando-se essa questão em termos comportamentais, creio que é possível afirmar a existência de um reforçamento intermitente ao comportamento de conquista. Afinal, só continuamos insistindo em conquistar alguém a partir do momento em que essa pessoa nos dá pelo menos um “sinal” de que nossas investidas podem levar a algum lugar (é claro que há exceções, mas em geral é isso que ocorre). 

Por fim, é necessário fazer uma ressalva: por mais que se tenha determinados padrões comportamentais com relação à paixão, há que se levar em conta que cada indivíduo é único, e portanto experimentará esse sentimento de um modo próprio. 

O problema está quando não a pessoa não reconhece o término desse relacionamento e desenvolve o ciúme patológico, perseguindo o ex-parceiro amoroso nas redes sociais, investigando o que ele faz e atrapalhando os relacionamentos futuros. Se isso acontece a pessoa vive um ciúme patológico que causa grandes problemas para o ex-parceiro e também para ela própria que não consegue viver um novo amor e seguir em frente. Portanto, cuidado com os seguintes comportamentos que podem ser sinais desse comportamento:

  • Telefonar inúmeras vezes por dia e não aceitar que o outro não o atende (independente do motivo)
  • Implicação com roupas, modo de se vestir e de se maquiar (mulheres)
  • Interrogar sobre o passado muitas vezes para pegar contradições
  • Seguir as pessoas
  • Passar horas parados na porta da residência ou do trabalho para visitar secretas ou saídas não informadas
  • Checam ligações e mensagens no celular do parceiro (quando ainda em relacionamento amoroso com este)
  • Interrogação a amigos, parentes e porteiros para saber se a pessoa saiu ou recebeu visitas ou ainda, tem saído com outras pessoas.

E em casos mais sérios fazem ameaças de suicídio, de agressão ao ex- parceiro e podem chegar a agredir a vítima. Ao perceber pequenos comportamentos de Ciúmes ao ponto de pensar que a pessoa é possessiva é a solução na maioria das vezes, em outras, tratamento psicoterápico com psicólogo ou psiquiatra é o caminho.

Sobre o Autor
Redação IS

Pessoas que amam viver simples.

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