Quem nunca durante um diálogo ou uma palestra não pensou ou cutucou o vizinho da cadeira e disse algo do tipo essa mensagem o fulano deveria ouvir ou essa palavra serve direitinho pro ciclano?
É muito difícil diante dos problemas enfrentados na vida reconhecer que temos alguma responsabilidade na situação difícil vivenciada.
Quando alguém percebe que sua atitude ou sentimento está interferindo é um grande passo, porém, difícil de ser dado.
É muito comum que usemos da autossabotagem, autoboicote ou autolimitação (seja o nome técnico utilizado) em pequenos momentos de nosso dia-a-dia que ao longo do tempo isso se transforme em um padrão de comportamento tóxico a nós próprios.
Pensamentos do tipo tenho de sentir-me pronto para um relacionamento ou quando chegar a minha hora eu vou saber são exemplos de limitações que em médio prazo é possível enxergar e alterar antes de enraizar um padrão pessimista de encarar a vida.
Para isso é preciso estar atento a pelo menos 5 itens:
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- Desvalorização de alternativas: opinião e sugestões são vistas pelo indivíduo como supérfluas, ingênuas ou sem sentido. Diante dessa atitude é difícil reconhecer e aceitar qualquer tipo de ajuda, deixando o indivíduo isolado e com a sensação que nada dará certo. Como por exemplo aceitar ajuda em um processo de emagrecimento ou conselhos durante uma gestação.
- Falta de esperança: quando o indivíduo enxerga que é possível ter alguma atitude ou solução positiva, tenta mostrar que mesmo sendo feito algo seja provável o fracasso e por isso a inutilidade de gastar energia em tentar algo. Um exemplo pode ser a ajuda de familiares diante de problemas conjugais.
- Preocupação somática excessiva: quando a preocupação do indivíduo com problemas físicos ou psicológicos causam mal estar em quem está perto e é utilizado como recurso de reclamação e desvio de foco de algum problema mais grave vivenciado. Em idosos isso é bastante comum, quando os filhos se preocupam com a segurança e a saúde dos pais, destes desviarem a atenção.
- Culpabilizar os outros: criação de barreiras para evitar enxergar os dados que a realidade se apresenta, ao culpar o outro o indivíduo acaba focando as causas dos problemas como somente de origem externa. Como exemplo podemos citar a falta de emprego que desanima algumas pessoas de tentarem alternativas em trabalhos distintos e diversos da sua habitual carreira.
- Esconder-se: afastamento e introversão são sinais de autossabotagem quando o indivíduo percebe que o meio social motiva a mudança de postura e de atitude quando este na verdade ‘não está pronto’ ou não quer enfrentar a transformação de comportamento para um novo padrão saudável de vida. Um exemplo seria uma pessoa que após o fim de um relacionamento amoroso, perda de emprego ou descoberta de um vício do filho pode se esconder de seus amigos, familiares ou de sua comunidade.
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É importante pontuar que o processo de autossabotagem pode ser confundido ou se sobrepor a sintomas depressivos, pois, se o indivíduo não conseguir encontrar motivação, ânimo e coragem para viver um novo amanhecer pode desencadear problemas de autoaceitação e vir a se sentir deprimido ou melancólico, sendo estes passos para a instalação de sintomas depressivos.