No último dia 31 de outubro tivemos várias datas comemorativas. Dia do Saci, Dia da Reforma Protestante e também o Dia das Bruxas, comemorado em diversos lugares do mundo por influência da cultura estadunidense. Justamente por conta do dia das bruxas, um dos vídeos que mais viralizou foi o de um casal hétero em que o homem, durante uma reunião de trabalho, recebia fotos de sua parceira amorosa vestida com diversas fantasias, as quais ela achava ser assustadora.
Entretanto, somente após ter enviado uma foto fantasiada de noiva que o parceiro amoroso realmente se assustou, revelando a foto para os companheiros da sala de onde todos saíram correndo.
Pois bem, esse vídeo é uma ótima ilustração a respeito da Gamofobia. Trata-se de um medo específico de assumir compromissos amorosos com alguém.
Quem sofre deste medo é considerado um solteiro convicto, preferindo uma vida solitária, pois, a sensação de estar apegado amorosamente a alguém é considerado um similar de medo de morrer.
Muitas pessoas possuem medo de casar, mas, não é tão simples assim. O medo de assumir compromisso com alguém, ser responsável por outra pessoa e ter sua vida pessoal delimitada por diversos fatores que uma vida a dois ou familiar exige é extremamente forte para o indivíduo que não aceita ser controlado.
Ao se falar em casamento ou de se relacionar-se com alguém, uma pessoa que sofre com esse medo possui todos os sintomas básicos de um ataque de ansiedade. Seus pensamentos centrais remetem a perder seu espaço, perder sua intimidade e até mesmo perder o controle de sua própria vida.
Muitos casais que se relacionam há anos e colocam suas desculpas para não se unir em matrimônio em problemas financeiros ou em questão de carreira. Porém, isto pode esconder a insegurança e o medo de um dos parceiros em não querer se casar justamente pela gamofobia.
Partindo do senso comum que de médico e louco cada um tem um pouco, é claro que existe um nome e termo técnico para cada tipo de medo. Ter medo de se casar (gamofobia) de assumir responsabilidade para o seja eterno enquanto dure e que dure eternamente não é uma das tarefas mais fáceis.
Porém, quando esse medo é exacerbado e a relação dura por muitos anos; ou simplesmente aparece na véspera do casamento e um dos parceiros desiste do casamento (infelizmente, fenômeno que não é tão incomum), trata-se dessa terrível doença ansiosa, apontada pelas entidades psiquiátricas e psicológicas como semelhante a um ataque de pânico.
Por isso é importante reconhecer essa fobia e suas dificuldades de assumir compromisso amoroso, procurando ajuda psicoterapêutica para trabalhar com todos os medos racionais ou irracionais que ser parceiro de outro pode acometer. Não existem estatísticas de prevalência em homem ou mulher, sabe-se, entretanto, que tanto um quanto o outro são suscetíveis de passarem por esse problema.