Prevenção do Câncer de Boca (Câncer Bucal)
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Prevenção do Câncer de Boca (Câncer Bucal)

Prevenção do Câncer de Boca (Câncer Bucal) é importante por ser um tumor maligno com alta mortalidade.

Prevenção do Câncer de Boca (Câncer Bucal)

Prevenção do Câncer de Boca

O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo devido a sua relativa incidência e mortalidade. A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser realizados pelo cirurgião-dentista através dos seguintes procedimentos:

  • correto exame clínico;
  • afastamento dos fatores co-carcinógenos;
  • diagnóstico e tratamento das lesões cancerizáveis;
  • exames complementares (principalmente biópsia e citologia exfoliativa) e orientação e estimulação ao auto-exame

O que são e quais são os fatores co-carcinógenos do Câncer Bucal?

São fatores que predispõem o paciente a desenvolver um tumor maligno; na boca, podemos citar principalmente o etilismo (álcool) e o tabagismo (cigarro, cachimbo etc.), as condições precárias de higiene (dentes quebrados, raízes residuais, tártaro etc.) e as próteses inadequadas ou em más condições (dentaduras e pontes fraturadas ou que causam algum ferimento).

O que são lesões cancerizáveis?

São enfermidades bucais que, quando não tratadas, podem evoluir para um câncer.

O que Causa o Câncer Oral?

A etiologia é desconhecida, porém, alguns fatores são relacionados ao aparecimento dessas lesões. Os principais são: tabagismo, etilismo, traumatismos mecânicos e, nos cânceres de lábio inferior, também pode-se citar os raios solares.

Como o cigarro atua no desenvolvimento do Câncer Bucal?

Durante o ato de fumar, são liberadas inúmeras substâncias químicas junto à fumaça, algumas reconhecidamente cancerígenas. Outra ação seria o calor produzido principalmente pelo cachimbo.

Como se faz o auto-exame e o que procurar?

Diante do espelho, com uma boa iluminação, deve-se inspecionar e palpar todas as estruturas bucais e do pescoço.

Durante o auto-exame, os principais indícios a serem observados são: feridas que permanecem na boca por mais de 15 dias, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), súbita mobilidade dental, sangramento, halitose, endurecimento e ou perda de mobilidade da língua.

É importante frisar que a dor pode ser um sinal de lesão avançada.

Qual o perfil do paciente com câncer bucal e qual a região mais atingida?

Geralmente são homens (86,07%), com idade entre 45 e 55anos, brancos (84,84%) e tabagistas (95,08%). A região da boca mais atingida é a língua, seguida do assoalho bucal e lábio inferior.

Como é feito o Diagnóstico do Câncer Bucal?

O diagnóstico é simples. Após o exame clínico, o profissional, suspeitando de um tumor maligno, realiza uma biópsia, que consiste na remoção de um pequeno fragmento da lesão para posterior exame microscópico.

Como é feito o Tratamento do Câncer Bucal?

O tratamento pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo ser associados ou não.

Existe cura para o Câncer?

Sim, e quanto mais cedo for diagnosticado (diagnóstico precoce), maiores são as chances de cura, sendo as seqüelas menores e, portanto, maior a qualidade de vida.

Como se Desenvolve o Câncer Bucal?

O câncer bucal é um tumor maligno que se desenvolve a partir de uma célula que sofre uma série de alterações genéticas. Essas alterações influenciam a diferenciação, o crescimento e a morte celular. A célula "defeituosa", diferentemente das outras, passa a se multiplicar desordenadamente, transformando-se num corpo estranho ao organismo.

O Câncer Bucal é comum?

Sim, a incidência mundial de câncer bucal varia de país para país (2% a 8%). Canadá, Austrália e França têm taxas elevadas.

A Índia é o país de mais alta incidência (48% a 70%) devido a práticas culturais exóticas, como o hábito de colocar o cigarro com a ponta acessa voltada para o interior da boca e o uso do betel.

No Brasil, as taxas são elevadas, sendo o câncer bucal o 6º tipo mais comum entre os homens e o 8º entre as mulheres (INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde, Brasil).

Quais são os fatores de risco para o Câncer Bucal?

Os principais fatores de risco são: uso do tabaco, consumo freqüente de bebidas alcoólicas e exposição excessiva à radiação solar.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal, como: má higiene bucal; dentes quebrados; próteses removíveis parciais ou totais mal adaptadas, com conseqüentes irritantes locais; dieta pobre em vitaminas A, C, E e o vírus HPV (papilomavírus humano).

Outros fatores ainda estão sendo estudados para se verificar sua relação com o câncer bucal, como: o uso de chimarrão, o consumo de carne grelhada (churrasco) e a fumaça do fogão de lenha.

Se diagnosticado precocemente, quais as chances de cura do Câncer Bucal?

Quanto mais cedo for descoberto e adequadamente tratado, maior será a chance de cura e sobrevida do paciente. A expectativa de cura varia de 85% a 100% quando o câncer é diagnosticado e tratado na fase inicial.

Como proceder ao auto-exame da boca?

Diante de um espelho, após retirar próteses ou outros aparelhos removíveis:

  1. veja se em seu rosto há algum sinal que você não notou antes;
  2. observe no lábio se há manchas ou feridas;
  3. puxe o lábio de baixo e examine-o por dentr,; faça o mesmo com o lábio de cima;
  4. abra a boca e estique a bochecha; faça isso dos dois lados;
  5. ponha a língua para fora e observe sua parte de cima;
  6. puxe a ponta da língua para o lado direito e depois para o lado esquerdo e observe as laterais da língua;
  7. coloque a ponta da língua no céu da boca e examine a parte de baixo da língua e o soalho da boca;
  8. incline a cabeça para trás e examine o céu da boca;
  9. ponha a língua pra fora, diga "A, A, A,.." e observe a garganta.

Quais os Sinais indicativos de alguma "anormalidade" na boca?

Feridas que não cicatrizam em 2 semanas; manchas brancas, vermelhas ou negras; carnes crescidas; caroços; bolinhas duras e inchaço na boca; dificuldade para movimentar a língua; sensação de dormência na língua; dificuldade para engolir. A presença de qualquer um desses sinais merece um exame mais detalhado, com encaminhamento do paciente ao cirurgião-dentista estomatologista.

Qual a frequência recomendada para a realização do auto-exame da boca?

Para pessoas não-fumantes, recomenda-se fazer o auto-exame bucal a cada 6 meses e, para os fumantes, a cada 3 meses. O ideal é fazer 1 vez por mês para que qualquer alteração da normalidade da boca seja prontamente detectada.

Qual profissional deve ser procurado caso o paciente encontre alguma lesão na boca?

O cirurgião-dentista estomatologista é quem diagnostica e trata todas as lesões e doenças bucais. No caso de câncer bucal, após diagnóstico, o paciente é encaminhado para tratamento em centros especializados em Oncologia ou para o médico oncologista.

Sobre o Autor
Redação IS

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