Relações Parassociais: Riscos e Benefícios da Interação Parassocial
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Relações Parassociais: Riscos e Benefícios da Interação Parassocial

Relações parassociais: saiba como elas afetam sua vida

Relações Parassociais: Riscos e Benefícios da Interação Parassocial

Relações Parassociais: Riscos e Benefícios da Interação Parassocial

Como a mídia pode afetar as nossas emoções, a nossa autoestima e o nosso comportamento social?

Você já se sentiu próxima de alguém que você só conhece pela mídia, como uma celebridade, um influenciador ou um personagem? Você já se emocionou, se identificou ou se influenciou por essa pessoa, mesmo sem nunca ter interagido com ela? Se você respondeu sim a essas perguntas, você provavelmente já vivenciou uma relação parassocial.

Você já se sentiu próxima de alguém que você só conhece pela mídia, como uma celebridade, um influenciador ou um personagem? Você já se emocionou, se identificou ou se influenciou por essa pessoa, mesmo sem nunca ter interagido com ela? Se você respondeu sim a essas perguntas, você provavelmente já vivenciou uma relação parassocial.

O que são as relações parassociais?

As relações parassociais são aquelas que estabelecemos com pessoas ou personagens que conhecemos através da mídia, como filmes, televisão, rádio, internet ou redes sociais. Essas relações podem ser tão intensas e duradouras quanto as relações que temos com pessoas reais e podem envolver sentimentos de admiração, carinho, compromisso e até amor.

No entanto, as relações parassociais têm uma característica que as diferencia das relações sociais normais: elas são unilaterais, ou seja, não há reciprocidade ou interação real entre as partes. Nós nos sentimos próximos e íntimos de alguém que não nos conhece, que não nos responde e que não nos leva em consideração. Nós criamos uma ilusão de intimidade baseada naquilo que a mídia nos mostra e naquilo que nós projetamos.

Como surgiram as relações parassociais?

O conceito de relação parassocial foi criado em 1956 pelos pesquisadores Donald Horton e Richard Wohl, que observaram que o público desenvolvia uma forte ligação com as personagens de programas de rádio e televisão, como I Love Lucy. Eles perceberam que a mídia criava uma sensação de familiaridade e proximidade com essas personagens, fazendo com que o público se sentisse parte da sua vida.

Com o avanço das tecnologias de comunicação e informação, as relações parassociais se tornaram cada vez mais comuns e complexas. Hoje em dia, temos acesso a uma infinidade de pessoas e personagens através da internet e das redes sociais, que nos permitem acompanhar os seus detalhes mais íntimos e até interagir com eles através de comentários, curtidas ou mensagens. Essa exposição constante e intensa pode aumentar a nossa identificação e influência por essas pessoas ou personagens, criando vínculos parassociais cada vez mais fortes.

Quais são os objetivos deste artigo?

Neste artigo, nós vamos explorar o fenômeno das relações parassociais em diferentes aspectos: histórico, cultural, social e individual. Nós vamos entender como elas surgiram, como elas se desenvolvem, como elas afetam a nossa saúde mental e a nossa autoestima, e quais são os riscos e os benefícios dessas relações para nós e para a sociedade. Nós também vamos usar exemplos de relações parassociais com celebridades e personagens reais ou fictícios para ilustrar os nossos pontos.

Se você quer saber mais sobre esse tema fascinante e atual, continue lendo este artigo!

As relações parassociais na história

Você já se perguntou como as relações parassociais surgiram e como elas evoluíram ao longo do tempo? Neste capítulo, nós vamos fazer uma viagem pela história das relações parassociais, desde a era da rádio e da televisão até a era do metaverso e da realidade virtual. Nós vamos ver como as mudanças nas tecnologias de comunicação e informação afetaram as formas, os tipos e as intensidades das relações parassociais que estabelecemos com as pessoas e personagens da mídia.

As origens das relações parassociais na era da rádio e da televisão

O termo “relação parassocial” foi criado pelo psicólogo americano Donald Horton e pelo sociólogo canadense Richard Wohl em 19561. Eles observaram que o público desenvolvia uma forte ligação com as personagens de programas de rádio e televisão, como I Love Lucy. Eles perceberam que a mídia criava uma sensação de familiaridade e proximidade com essas personagens, fazendo com que o público se sentisse parte da sua vida.

Horton e Wohl chamaram esse fenômeno de “interação parassocial”, pois ele envolvia uma ilusão de interação recíproca com as figuras da mídia. O público se sentia como se estivesse conversando, rindo ou chorando com as personagens, mesmo que elas não respondessem ou reconhecessem a sua presença. Essa interação parassocial podia se transformar em uma relação parassocial, quando o público mantinha um vínculo duradouro e unilateral com as personagens, mesmo fora das situações de consumo de mídia.

As relações parassociais na era da rádio e da televisão eram limitadas pela disponibilidade e pela periodicidade dos programas. O público só podia se relacionar com as personagens quando elas estavam no ar, e tinha que esperar pelo próximo episódio para saber mais sobre elas. Além disso, as personagens eram mais estáticas e previsíveis, pois seguiam roteiros e gêneros definidos. As relações parassociais eram mais superficiais e menos intensas do que as que viriam depois.

As transformações das relações parassociais na era da internet e das redes sociais

Com o advento da internet e das redes sociais, as relações parassociais passaram por uma grande transformação. Agora, o público tinha acesso a uma infinidade de pessoas e personagens através de diferentes plataformas, como sites, blogs, podcasts, vídeos, jogos, etc. O público podia escolher quando, onde e como consumir a mídia, sem depender de horários ou canais fixos. Além disso, o público podia interagir com as figuras da mídia através de comentários, curtidas, mensagens, etc., criando uma ilusão de maior intimidade e reciprocidade.

As figuras da mídia também se tornaram mais dinâmicas e variadas, pois podiam criar e atualizar o seu próprio conteúdo, sem seguir roteiros ou gêneros pré-estabelecidos. As figuras da mídia podiam mostrar diferentes facetas da sua personalidade, dos seus interesses, dos seus sentimentos, etc., criando uma ilusão de maior autenticidade e complexidade. As relações parassociais se tornaram mais profundas e mais intensas do que antes.

As perspectivas futuras das relações parassociais na era do metaverso e da realidade virtual

O que nos espera no futuro das relações parassociais? Uma possibilidade é que elas sejam influenciadas pelo surgimento do metaverso e da realidade virtual. O metaverso é um conceito que se refere a um universo digital compartilhado, onde as pessoas podem interagir entre si e com objetos virtuais através de avatares. A realidade virtual é uma tecnologia que permite imergir nesse universo digital através de dispositivos como óculos ou capacetes.

O metaverso e a realidade virtual podem oferecer novas formas de estabelecer relações parassociais com as pessoas e personagens da mídia. Por exemplo, o público pode se sentir mais próximo e mais envolvido com as figuras da mídia, pois pode vê-las, ouvi-las e até tocá-las em um ambiente tridimensional. O público também pode se sentir mais participativo e influente nas histórias e nos eventos que envolvem as figuras da mídia, pois pode interagir com elas e com o seu entorno de forma mais ativa e criativa.

As relações parassociais na era do metaverso e da realidade virtual podem ser mais imersivas e mais interativas do que nunca. Mas elas também podem trazer novos desafios e riscos, como a confusão entre o real e o virtual, a perda de identidade e de privacidade, a dependência e a alienação, etc. Por isso, é importante estar atento e crítico em relação às relações parassociais que estabelecemos com as pessoas e personagens da mídia.

As relações parassociais na cultura

Você já se perguntou como a cultura influencia e é influenciada pelas relações parassociais que estabelecemos com as pessoas e personagens da mídia? Neste capítulo, nós vamos analisar como a mídia cria e mantém as relações parassociais com as celebridades e os personagens, como as relações parassociais refletem e influenciam os valores e as normas culturais, e como as relações parassociais afetam a diversidade e a representatividade na cultura.

Como a mídia cria e mantém as relações parassociais com as celebridades e os personagens?

A mídia é o principal meio pelo qual nós conhecemos e nos relacionamos com as pessoas e personagens que nos interessam. A mídia nos oferece informações, imagens, sons, histórias, opiniões, etc., que nos permitem formar uma impressão sobre essas figuras da mídia. A mídia também nos faz sentir que estamos próximos e envolvidos com elas, através de técnicas como a linguagem direta, o olhar para a câmera, o humor, a emoção, etc.

A mídia pode criar diferentes tipos de relações parassociais, dependendo do gênero, do formato, do conteúdo e do estilo da comunicação. Por exemplo, nós podemos ter uma relação parassocial mais informativa com um jornalista ou um apresentador de notícias, uma relação parassocial mais afetiva com um ator ou uma cantora, uma relação parassocial mais identificatória com um personagem de ficção ou um influenciador digital, etc.

A mídia também pode manter as relações parassociais ao longo do tempo, através da repetição, da atualização, da variedade e da interatividade. Por exemplo, nós podemos acompanhar as figuras da mídia através de diferentes plataformas, como sites, blogs, podcasts, vídeos, jogos, etc. Nós podemos receber novidades sobre elas através de notícias, entrevistas, biografias, documentários, etc. Nós podemos ver diferentes facetas delas através de diferentes papéis, gêneros, estilos, etc. Nós também podemos interagir com elas através de comentários, curtidas, mensagens, etc.

Como as relações parassociais refletem e influenciam os valores e as normas culturais?

As relações parassociais não são apenas individuais, mas também sociais e culturais. Elas são influenciadas pelos valores e pelas normas culturais que regem a nossa sociedade. Por exemplo, nós podemos ter preferências por certas figuras da mídia de acordo com o nosso gênero, idade, classe social, etnia, religião, etc. Nós também podemos ter expectativas sobre como essas figuras da mídia devem se comportar de acordo com o seu papel social, profissional ou artístico.

As relações parassociais também podem influenciar os valores e as normas culturais que regem a nossa sociedade. Por exemplo, nós podemos adotar certas atitudes, 

As relações parassociais na cultura

Você já se perguntou como a cultura influencia e é influenciada pelas relações parassociais que estabelecemos com as pessoas e personagens da mídia? Neste capítulo, nós vamos analisar como a mídia cria e mantém as relações parassociais com as celebridades e os personagens, como as relações parassociais refletem e influenciam os valores e as normas culturais, e como as relações parassociais afetam a diversidade e a representatividade na cultura.

Como a mídia cria e mantém as relações parassociais com as celebridades e os personagens?

A mídia é o principal meio pelo qual nós conhecemos e nos relacionamos com as pessoas e personagens que nos interessam. A mídia nos oferece informações, imagens, sons, histórias, opiniões, etc., que nos permitem formar uma impressão sobre essas figuras da mídia. A mídia também nos faz sentir que estamos próximos e envolvidos com elas, através de técnicas como a linguagem direta, o olhar para a câmera, o humor, a emoção, etc.

A mídia pode criar diferentes tipos de relações parassociais, dependendo do gênero, do formato, do conteúdo e do estilo da comunicação. Por exemplo, nós podemos ter uma relação parassocial mais informativa com um jornalista ou um apresentador de notícias, uma relação parassocial mais afetiva com um ator ou uma cantora, uma relação parassocial mais identificatória com um personagem de ficção ou um influenciador digital, etc.

A mídia também pode manter as relações parassociais ao longo do tempo, através da repetição, da atualização, da variedade e da interatividade. Por exemplo, nós podemos acompanhar as figuras da mídia através de diferentes plataformas, como sites, blogs, podcasts, vídeos, jogos, etc. Nós podemos receber novidades sobre elas através de notícias, entrevistas, biografias, documentários, etc. Nós podemos ver diferentes facetas delas através de diferentes papéis, gêneros, estilos, etc. Nós também podemos interagir com elas através de comentários, curtidas, mensagens, etc.

Como as relações parassociais refletem e influenciam os valores e as normas culturais?

As relações parassociais não são apenas individuais, mas também sociais e culturais. Elas são influenciadas pelos valores e pelas normas culturais que regem a nossa sociedade. Por exemplo, nós podemos ter preferências por certas figuras da mídia de acordo com o nosso gênero, idade, classe social, etnia, religião, etc. Nós também podemos ter expectativas sobre como essas figuras da mídia devem se comportar de acordo com o seu papel social, profissional ou artístico.

As relações parassociais também podem influenciar os valores e as normas culturais que regem a nossa sociedade. Por exemplo, nós podemos adotar certas atitudes, 

comportamentos, crenças, valores, hábitos, gostos, etc., que são inspirados ou reforçados pelas figuras da mídia. Nós também podemos mudar a nossa percepção sobre certos temas ou questões sociais, políticas, econômicas, ambientais, etc., que são abordados ou defendidos pelas figuras da mídia.

As relações parassociais podem refletir e influenciar os valores e as normas culturais de forma positiva ou negativa. Por um lado, elas podem promover a educação, a conscientização, a solidariedade, a tolerância, o respeito, etc., entre as pessoas e os grupos sociais. Por outro lado, elas podem gerar a alienação, a manipulação, a discriminação, a violência, o consumismo, etc., entre as pessoas e os grupos sociais.

Como as relações parassociais afetam a diversidade e a representatividade na cultura?

As relações parassociais também estão relacionadas com a diversidade e a representatividade na cultura. A diversidade se refere à variedade de pessoas e personagens que existem na mídia, com diferentes características físicas, sociais, culturais, etc. A representatividade se refere à forma como essas pessoas e personagens são retratados na mídia, com diferentes papéis, estereótipos, preconceitos, etc.

As relações parassociais podem afetar a diversidade e a representatividade na cultura de forma positiva ou negativa. Por um lado, elas podem estimular o reconhecimento e a valorização das diferenças entre as pessoas e os grupos sociais. Por outro lado, elas podem reforçar as desigualdades e as exclusões entre as pessoas e os grupos sociais.

As relações parassociais podem ser influenciadas pela diversidade e pela representatividade na cultura. Por exemplo, nós podemos ter mais afinidade ou identificação com as figuras da mídia que se parecem conosco ou que compartilham dos nossos valores ou interesses. Nós também podemos ter mais admiração ou aspiração pelas figuras da mídia que se destacam ou que nos inspiram de alguma forma.

As relações parassociais na psicologia

Você já se perguntou como a psicologia explica e estuda as relações parassociais que temos com as pessoas e personagens da mídia? Neste capítulo, nós vamos ver como a psicologia define e classifica as relações parassociais, quais são os fatores que as motivam e as mantêm, quais são os benefícios e os riscos que elas podem trazer para o nosso bem-estar, e como podemos lidar com elas de forma saudável.

O que são as relações parassociais para a psicologia?

A psicologia define as relações parassociais como aquelas relações unilaterais e ilusórias que estabelecemos com as pessoas e personagens da mídia, como se fossem nossos amigos, familiares ou parceiros. Essas relações são baseadas na exposição frequente e prolongada à mídia, que nos faz sentir familiaridade, proximidade, intimidade e afeto por essas figuras da mídia.

A psicologia também classifica as relações parassociais em diferentes tipos, de acordo com o grau de envolvimento, identificação e compromisso que temos com as figuras da mídia. Por exemplo, nós podemos ter uma relação parassocial informativa, quando buscamos informações sobre a vida ou a carreira de uma celebridade ou personagem; uma relação parassocial afetiva, quando sentimos emoções positivas ou negativas em relação a uma celebridade ou personagem; uma relação parassocial identificatória, quando nos espelhamos ou aspiramos a ser como uma celebridade ou personagem; ou uma relação parassocial romântica, quando sentimos atração ou amor por uma celebridade ou personagem.

Quais são os fatores que motivam e mantêm as relações parassociais?

A psicologia identifica vários fatores que podem motivar e manter as relações parassociais. Alguns desses fatores são:

  • A necessidade de pertencimento: nós buscamos nos conectar com outras pessoas que compartilham dos nossos interesses, valores, gostos, etc., e que nos fazem sentir aceitos, valorizados e apoiados.
  • A necessidade de autoestima: nós buscamos nos sentir bem conosco mesmos, reconhecendo as nossas qualidades, superando os nossos defeitos, alcançando os nossos objetivos, etc.
  • A necessidade de escapismo: nós buscamos nos distrair dos nossos problemas, estresses, frustrações, etc., através de atividades prazerosas, divertidas, relaxantes, etc.
  • A necessidade de aprendizagem: nós buscamos adquirir novos conhecimentos, habilidades, experiências, etc., através de fontes confiáveis, interessantes, inspiradoras, etc.

Essas necessidades podem ser satisfeitas através das relações parassociais, pois elas nos oferecem:

  • Uma sensação de companhia: nós nos sentimos acompanhados pelas figuras da mídia, que nos fazem companhia em diferentes momentos e situações da nossa vida.
  • Uma sensação de admiração: nós nos sentimos admirados pelas figuras da mídia, que nos elogiam, nos incentivam, nos motivam, etc.
  • Uma sensação de diversão: nós nos divertimos com as figuras da mídia, que nos fazem rir, chorar, vibrar, etc.
  • Uma sensação de conhecimento: nós aprendemos com as figuras da mídia, que nos ensinam coisas novas, nos informam sobre assuntos relevantes, nos mostram diferentes perspectivas, etc.

Quais são os benefícios e os riscos das relações parassociais para o nosso bem-estar?

A psicologia reconhece que as relações parassociais podem trazer benefícios e riscos para o nosso bem-estar. Alguns desses benefícios são:

  • Elas podem complementar as nossas relações sociais reais, oferecendo-nos apoio emocional, informação, entretenimento, aprendizagem, etc.
  • Elas podem aumentar a nossa autoestima, fazendo-nos sentir mais confiantes, competentes, atraentes, etc.
  • Elas podem estimular a nossa criatividade, fazendo-nos imaginar cenários, histórias, diálogos, etc., com as figuras da mídia.
  • Elas podem ampliar a nossa visão de mundo, fazendo-nos conhecer diferentes realidades, culturas, opiniões, etc., através das figuras da mídia.

Alguns desses riscos são:

  • Elas podem prejudicar as nossas relações sociais reais, fazendo-nos negligenciar ou abandonar os nossos amigos, familiares ou parceiros.
  • Elas podem diminuir a nossa autoestima, fazendo-nos sentir mais inseguros, inadequados, insatisfeitos, etc.
  • Elas podem gerar dependência ou obsessão, fazendo-nos dedicar muito tempo, energia e recursos às figuras da mídia.
  • Elas podem distorcer a nossa percepção da realidade, fazendo-nos idealizar ou desvalorizar as figuras da mídia ou a nós mesmos.

Como podemos lidar com as relações parassociais de forma saudável?

A psicologia sugere algumas dicas para lidar com as relações parassociais de forma saudável. Algumas dessas dicas são:

  • Reconhecer que as relações parassociais são ilusórias e não recíprocas, e que as figuras da mídia não nos conhecem nem se importam conosco da mesma forma que nós com elas.
  • Manter um equilíbrio entre as relações parassociais e as relações sociais reais, dedicando tempo e atenção aos nossos amigos, familiares e parceiros.
  • Cultivar uma autoestima positiva, valorizando as nossas qualidades e aceitando os nossos defeitos, sem nos compararmos ou nos cobrarmos demais em relação às figuras da mídia.
  • Controlar o consumo de mídia, limitando o tempo e a frequência que dedicamos às figuras da mídia, e diversificando as fontes e os conteúdos que consumimos.
  • Buscar ajuda profissional se as relações parassociais se tornarem problemáticas ou prejudiciais para o nosso bem-estar ou para o dos outros.

As relações parassociais na sociedade

As relações parassociais são um fenômeno social que envolve a criação de vínculos afetivos e ilusórios com as pessoas e personagens da mídia, como se fossem nossos amigos, familiares ou parceiros. Essas relações podem ter um impacto significativo na nossa forma de pensar, sentir e agir em relação a nós mesmos e aos outros. Neste capítulo, nós vamos ver como as relações parassociais se relacionam com as relações sociais reais, como elas interferem na democracia e na participação política, e como elas geram lucro e poder para a indústria cultural.

Como as relações parassociais se relacionam com as relações sociais reais?

As relações parassociais podem se relacionar com as relações sociais reais de forma complementar ou substitutiva. Por um lado, elas podem complementar as nossas relações sociais reais, oferecendo-nos apoio emocional, informação, entretenimento, aprendizagem, etc., que nem sempre encontramos nas pessoas que nos rodeiam. Por outro lado, elas podem substituir as nossas relações sociais reais, fazendo-nos negligenciar ou abandonar os nossos amigos, familiares ou parceiros, que nos exigem mais compromisso, reciprocidade e responsabilidade.

As relações parassociais também podem influenciar as nossas relações sociais reais, de forma positiva ou negativa. Por um lado, elas podem influenciar positivamente as nossas relações sociais reais, fazendo-nos sentir mais confiantes, competentes, atraentes, etc., e estimulando-nos a buscar novas conexões sociais com pessoas que compartilham dos nossos interesses, valores, gostos, etc. Por outro lado, elas podem influenciar negativamente as nossas relações sociais reais, fazendo-nos sentir mais inseguros, inadequados, insatisfeitos, etc., e gerando-nos conflitos ou distanciamentos com pessoas que discordam ou criticam as nossas relações parassociais.

Como as relações parassociais interferem na democracia e na participação política?

As relações parassociais podem interferir na democracia e na participação política de forma positiva ou negativa. Por um lado, elas podem interferir positivamente na democracia e na participação política, fazendo-nos conhecer diferentes realidades, culturas, opiniões, etc., que nos ampliam a nossa visão de mundo e nos tornam mais conscientes e críticos dos problemas sociais. Por outro lado, elas podem interferir negativamente na democracia e na participação política, fazendo-nos adotar acriticamente as ideias ou posições das figuras da mídia que admiramos ou seguimos, sem questionar a sua veracidade ou relevância.

As relações parassociais também podem ser usadas como instrumentos de manipulação ou persuasão política por parte das figuras da mídia ou dos grupos de poder que as controlam. Por exemplo, as figuras da mídia podem usar as suas relações parassociais para influenciar o voto dos seus seguidores ou fãs em determinadas eleições ou referendos. Ou elas podem usar as suas relações parassociais para mobilizar os seus seguidores ou fãs em favor ou contra determinadas causas ou movimentos sociais.

Como as relações parassociais geram lucro e poder para a indústria cultural?

As relações parassociais geram lucro e poder para a indústria cultural de várias formas. Por um lado, elas geram lucro para a indústria cultural ao estimular o consumo de produtos ou serviços relacionados às figuras da mídia que mantemos relações parassociais. Por exemplo, nós podemos comprar livros, discos, filmes, roupas, perfumes, etc., das figuras da mídia que admiramos ou seguimos. Ou nós podemos pagar por assinaturas, ingressos, patrocínios, doações, etc., das figuras da mídia que admiramos ou seguimos.

Por outro lado, elas geram poder para a indústria cultural ao criar uma dependência ou uma fidelidade das pessoas em relação às figuras da mídia que mantemos relações parassociais. Por exemplo, nós podemos nos tornar dependentes ou fiéis às figuras da mídia que admiramos ou seguimos, consumindo tudo o que elas produzem ou recomendam, sem questionar a sua qualidade ou utilidade. Ou nós podemos nos tornar dependentes ou fiéis às figuras da mídia que admiramos ou seguimos, defendendo-as ou atacando-as, sem levar em conta a sua ética ou moralidade.

As relações parassociais no indivíduo

As relações parassociais são um fenômeno individual que envolve a criação de vínculos afetivos e ilusórios com as pessoas e personagens da mídia, como se fossem nossos amigos, familiares ou parceiros. Essas relações podem ter um impacto significativo na nossa forma de pensar, sentir e agir em relação a nós mesmos e aos outros. Neste capítulo, nós vamos ver quais são os fatores que favorecem o desenvolvimento e a duração das relações parassociais, quais são os sentimentos e as motivações envolvidos nas relações parassociais, e quais são as consequências das relações parassociais para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos.

Quais são os fatores que favorecem o desenvolvimento e a duração das relações parassociais?

Os fatores que favorecem o desenvolvimento e a duração das relações parassociais podem ser de dois tipos: externos ou internos. Os fatores externos são aqueles relacionados à mídia, como a frequência, a intensidade, a qualidade, a variedade, etc., da exposição às pessoas ou personagens da mídia. Quanto mais nós somos expostos às pessoas ou personagens da mídia, mais nós nos sentimos familiarizados, próximos, íntimos e afetuosos por elas. Além disso, quanto mais nós consumimos produtos ou serviços relacionados às pessoas ou personagens da mídia, mais nós nos sentimos comprometidos, leais e dependentes delas.

Os fatores internos são aqueles relacionados ao indivíduo, como a personalidade, a necessidade de pertencimento, a necessidade de autoestima, a necessidade de escapismo, a necessidade de aprendizagem, etc. Algumas pessoas podem ter uma maior predisposição ou propensão a desenvolver relações parassociais, por terem traços de personalidade como introversão, timidez, insegurança, baixa autoestima, etc. Essas pessoas podem buscar nas relações parassociais uma forma de satisfazer as suas necessidades psicológicas e sociais que não encontram nas relações sociais reais.

Quais são os sentimentos e as motivações envolvidos nas relações parassociais?

Os sentimentos e as motivações envolvidos nas relações parassociais podem ser de vários tipos: informativos, afetivos, identificatórios ou românticos. Os sentimentos e as motivações informativos são aqueles relacionados à busca de informação sobre a vida ou a carreira das pessoas ou personagens da mídia. Nós podemos nos sentir curiosos, interessados, admirados, etc., pelas pessoas ou personagens da mídia que nos ensinam coisas novas, nos informam sobre assuntos relevantes, nos mostram diferentes perspectivas, etc.

Os sentimentos e as motivações afetivos são aqueles relacionados à experiência de emoções positivas ou negativas em relação às pessoas ou personagens da mídia. Nós podemos nos sentir felizes, tristes, ansiosos, irritados, etc., pelas pessoas ou personagens da mídia que nos fazem rir, chorar, vibrar, etc. Os sentimentos e as motivações identificatórios são aqueles relacionados ao espelhamento ou à aspiração de ser como as pessoas ou personagens da mídia. Nós podemos nos sentir inspirados, motivados, confiantes, etc., pelas pessoas ou personagens da mídia que nos representam ou que nos mostram um modelo ideal de ser.

Os sentimentos e as motivações românticos são aqueles relacionados à atração ou ao amor pelas pessoas ou personagens da mídia. Nós podemos nos sentir apaixonados, encantados.

Quais são as consequências das relações parassociais para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos?

As relações parassociais podem ter consequências positivas ou negativas para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos, dependendo da forma como elas são vivenciadas e do equilíbrio que elas mantêm com as relações sociais reais. Por um lado, elas podem ter consequências positivas para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos, fazendo-nos sentir mais felizes, satisfeitos, significativos, etc., e contribuindo para o nosso desenvolvimento pessoal e social. Por outro lado, elas podem ter consequências negativas para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos, fazendo-nos sentir mais deprimidos, ansiosos, solitários, etc., e gerando problemas psicológicos ou psicossomáticos.

Algumas das consequências negativas das relações parassociais para a saúde mental e a autoestima dos indivíduos são:

  • Elas podem gerar uma distorção da realidade, fazendo-nos idealizar ou desvalorizar as pessoas ou personagens da mídia ou a nós mesmos, sem levar em conta as suas limitações ou potencialidades.
  • Elas podem gerar uma insatisfação crônica, fazendo-nos comparar constantemente as nossas vidas com as das pessoas ou personagens da mídia, sem reconhecer as nossas conquistas ou qualidades.
  • Elas podem gerar uma dependência emocional, fazendo-nos basear a nossa felicidade ou o nosso bem-estar nas pessoas ou personagens da mídia, sem desenvolver os nossos próprios recursos ou interesses.
  • Elas podem gerar uma perda de identidade, fazendo-nos imitar ou copiar as pessoas ou personagens da mídia, sem expressar a nossa autenticidade ou singularidade.

Relações parassociais: o que você precisa saber sobre esse fenômeno

As relações parassociais são um tipo de interação que as pessoas estabelecem com as figuras da mídia, como celebridades, influenciadores, personagens fictícios, etc., por meio de filmes, televisão, redes sociais, etc. Essas interações podem gerar sentimentos de proximidade, intimidade, afeto e até compromisso, como se fossem relações sociais reais. No entanto, elas são unilaterais, ilusórias e não recíprocas.

Relações parassociais: riscos e benefícios da interação parassocial

As relações parassociais podem ter riscos e benefícios para as pessoas que as vivenciam, dependendo da forma como elas são desenvolvidas e mantidas. Por um lado, elas podem ter benefícios para as pessoas que as vivenciam, como:

  • Oferecer apoio emocional, informação, entretenimento, aprendizagem, etc., que complementam as relações sociais reais.
  • Estimular a confiança, a competência, a atração, etc., que influenciam positivamente a autoestima e a saúde mental.
  • Ampliar a visão de mundo, a consciência e a crítica dos problemas sociais, que favorecem a democracia e a participação política.
  • Inspirar, motivar e representar modelos ideais de ser, que contribuem para o desenvolvimento pessoal e social.

Por outro lado, elas podem ter riscos para as pessoas que as vivenciam, como:

  • Gerar uma distorção da realidade, uma insatisfação crônica, uma dependência emocional e uma perda de identidade, que prejudicam a autoestima e a saúde mental.
  • Negligenciar ou abandonar as relações sociais reais, que geram isolamento social e solidão.
  • Adotar acriticamente as ideias ou posições das figuras da mídia, que interferem negativamente na democracia e na participação política.
  • Consumir excessivamente produtos ou serviços relacionados às figuras da mídia, que geram lucro e poder para a indústria cultural.
Sobre o Autor
Redação IS

Pessoas que amam viver simples.

Aviso Saudável
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Disque Saúde SUS (Sistema Único de Saúde) ligue para 136
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