Religiosidade e o problema do sofrimento na doença
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Religiosidade e o problema do sofrimento na doença

Muitas pessoas pensam que, por serem religiosos, sejam estes católicos, protestantes, evangélicos, budistas ou de qualquer outra religião, são imunes a dores e sofrimentos físicos e mentais.

Religiosidade e o problema do sofrimento na doença

Muitas pessoas pensam que, por serem religiosos, sejam estes católicos, protestantes, evangélicos, budistas ou de qualquer outra religião, são imunes a dores e sofrimentos físicos e mentais.

Mas isso é uma falsa verdade que atrapalha o cotidiano de muitas pessoas. Ser uma pessoa de fé significa que ela possui um recurso extra de enfrentamento, que na psicologia denominamos de coping religioso.

Ter uma crença religiosa é um recurso de enfrentamento poderoso diante das angústias e mazelas da sociedade, não podendo ser vista apenas como uma estratégia mística de pessoas sem recursos financeiros como foi por muito tempo (e atualmente!) afirmada por alguns cientistas sociais.

Pesquisas internacionais e nacionais apontam que a espiritualidade age como fator de proteção à saúde, admitindo maior qualidade de vida física e psicológica aos indivíduos.

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O problema está quando líderes religiosos caminham na contramão da qualidade de vida e creditam apenas à espiritualidade o poder de manter uma pessoa saudável.

Há inúmeros casos de atendimentos em consultórios e hospitais em que pacientes religiosos que deixaram de tomar medicação e seguir as orientações médicas por ser "falta de fé" ou "falta de Deus" na vida. Quantas pessoas com depressão sofrem por ouvirem que o problema delas é causado por elas próprias!

Ao pararmos para pensar, com suas devidas particularidades que as pessoas possuem,(como levantou o psiquiatra Sigmund Freud com o masoquismo e sadismo) ninguém sofre de depressão para chamar atenção e nem tenta suicídio por falta de Deus em sua vida.

O sofrimento é uma questão inerente ao homem assim como sofrer de doenças físicas e emocionais também! São diversas pressões e tensões no dia a dia que forçam o sujeito a agir de determinadas formas, sendo levado a exaustão no que diz respeito aos problemas emocionais, por exemplo.

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Às mulheres são cobradas corpos de modelo, mentalidade de estudante de Harward, talento de ‘homem’ nos negócios, vocação materna como na década de 50 e uma alma pura como a Virgem.

Aos homens são cobrados corpos que emanam saúde, mentalidade como se fosse o próximo presidente dos EUA, mostrar seu talento nato de liderança nos negócios, vocação paterna de herói de guerra como na década de 50 e uma sisudez de alma dos antigos coronéis.

Assim sendo, é necessário entender que possuir uma crença em algo místico, seja religioso ou espiritual, é ter uma ferramenta para compreender a situação vivida e não um escudo protetor que impede do indivíduo sofrer problemas físicos e mentais.

E o que fazer ao sofrer? Procurar todos os recursos que o século 21 possibilita, não desprezando nenhum coping ou recurso de enfrentamento próprio.

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Redação IS

Pessoas que amam viver simples.

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