Crianças Agressivas comTranstorno de Déficit de Atenção
Cada vez mais crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) que agem agressivamente estão sendo tratadas com medicamentos antipsicóticos, além de medicamentos estimulantes para ajudar a controlar suas explosões voláteis.
É uma tendência que muitos pais e profissionais de saúde mental infantil acredita ser preocupante.
No entanto, um novo estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina Stony Brook de Nova York, sugere que com ajustes calculados o uso de medicação estimulante por si só pode reduzir significativamente ou eliminar o comportamento agressivo em pelo menos metade dessas crianças.
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"Há um grande esforço no país para que os pediatras que gerencia esses tipos de problemas comportamentais em crianças, pois existe uma escassez de psiquiatras infantis especializados na área", observou o autor do estudo, Joseph C. Blader, professor assistente de psiquiatria da Stony Brook. "Espero que nosso estudo encoraje os médicos da atenção primária em ir até os limites do tratamento de primeira linha [estimulante] para Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) antes de ir para outra alternativa."
Blader disse que os resultados foram um achado inesperado que ocorreu durante a fase de um estudo destinado em analisar se foi benéfico medicamentos antipsicóticos (Depakote) em crianças agressivas com Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) cujo o comportamento volátil não é controlado por medicamentos estimulantes apenas.
TDAH - Tratamento da Agressividade em Crianças
Os pesquisadores acompanharam 65 crianças com idades entre 6 e 13 para determinar o regime de estímulo mais eficaz e melhor tolerada para cada uma delas.
Todas as crianças com TDAH, e transtorno desafiador opositivo ou transtorno de conduta, com o comportamento agressivo significativo.
As crianças foram iniciadas com uma dose baixa de metilfenidato de liberação trifásico (Concerta), a maior forma de atuação da Ritalina.
Durante as avaliações semanais, os pesquisadores controlavam a dose até que os sintomas da criança foram bem controlados e ela poderia tolerar os efeitos colaterais (principalmente insônia e perda de apetite). Se com a Concerta não era a escolha certa, o tratamento foi alterado para o metilfenidato ou bifásico (Metadate) ou medicação misturando sal bifásico e anfetamina (Adderall XR).
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As crianças e seus pais também tiveram sessões semanais de terapia comportamental, durante o qual os pais foram incentivados a "enfatizar os momentos em que seus filhos foram capazes de demonstrar autocontrole e gerenciar melhor as suas frustrações", disse Blader.
"O objetivo era ajudar os pais a desenvolver incentivos e recompensas, ao mesmo tempo, estabelecer limites em torno de alguns problemas de comportamento."
No final da fase do tratamento, que durou uma média de cinco semanas, 32 das crianças apresentaram reduções significativas no seu comportamento agressivo. Segundo Dr. Chris Varley, psiquiatra infantil do Hospital Infantil de Seattle.
Na última década, tem havido um aumento dramático no uso de medicamentos antipsicóticos para diminuir comportamentos disruptivos em crianças, e em muitos casos, as drogas não são necessárias.
"Às vezes você precisa usar esses medicamentos, mas antes de apontar diretamento para este tipo de droga, realizar tentativas de outras formas", disse Varney, que é professor de psiquiatria infantil e adolescente na universidade da Faculdade de Medicina de Washington.
Blader, disse o conselho para as crianças e seus pais é não desanime se a primeira medicação de TDAH e dosagem não funcionar.
"Assim como a asma ou outros problemas de saúde, muitas vezes é preciso um exercício de tentativas para descobrir a melhor medicação".